sábado, 13 de novembro de 2010

Projeto


Sexualidade através da literatura: um recorte de gêneros.
Projeto de Ensino apresentado ao curso "Ensinando e Aprendendo com as TICS 2010” como um dos pré-requisitos de avaliação da Unidade II.
Débora Pereira, Edith Santiago, Rita de Cássia e Rosilda da Silva
Introdução
O presente projeto “Sexualidade através da literatura: um recorte de gêneros” tem como objetivo a motivação do aluno para a escrita de gêneros textuais na Internet, alguns dos quais pertencem a essa esfera, queremos com isso, além do ensino de uma proposta mais interacionista da língua, visão adotada pelo PCN de português, a inclusão digital dos nossos alunos.
Inicialmente, aplicaremos o projeto em quatro turmas do local em que ensinamos, a escola pública Francisca Martiniano da Rocha, situada na cidade de Lagoa Seca. A proposta trazida pelo projeto configura-se como uma prática diferenciada de tratamento didático da linguagem em situação de ensino envolvendo o meio digital. Trata-se de um projeto que busca ampliar o letramento do aluno envolvidos nas práticas sociais que a internet possibilita, proporcionando sua exposição a vários gêneros textuais sob uma orientação sistematizada a partir de um ensino participativo da língua.
Durante a elaboração do projeto, em um primeiro momento, realizaremos discussões sobre os textos teóricos referentes à leitura, escrita, análise lingüística e avaliação, textos estes que serviram de base para as elaborações de nossas seqüências didáticas, para em seguida passar às elaborações das seqüências didáticas a serem utilizadas nas turmas.
Os autores que orientaram a organização do trabalho foram Geraldi (1991), que tem uma abordagem da língua como interação, também levamos em conta a noção de letramento presente em Kleiman (1999), e as discussões sobre gêneros textuais que estão colocadas em Marcuschi (2008) e nos PCNs (1998).
Objetivos gerais:
- Ampliar/compreender os usos da linguagem, em diferentes contextos e gêneros textuais;
- Ler e utilizar estratégias diferentes de leitura como práticas sociais;
- Estudar os gêneros textuais em foco, percebendo a sua funcionalidade e forma dentro das práticas sociais;
- Realizar atividades de reflexão sobre a língua a partir da leitura e produção textual.
- Apropriar-se de estratégias de escrita dos gêneros trabalhados em sala de aula, pautando-se numa perspectiva sociointeracionista de ensino de língua.
- Inclusão digital, em um meio envolvido em práticas sociais.
Referencial Teórico
Para a realização do projeto nos apoiamos na noção de letramento presente em Kleiman (1999). Portanto, é necessária, em um primeiro momento, uma diferenciação entre o conceito de alfabetização e letramento. Uma pessoa alfabetizada é aquela capaz de assinar seu nome e de reconhecer as letras do alfabeto. No entanto, o sujeito letrado é aquele capaz não só de decodificar a língua, mas de se apropriar dela, fazendo uso competente da leitura e escrita. Desse modo, a formação de sujeitos letrados, e não apenas alfabetizados, se faz necessário em uma sociedade em transformação, imersa em práticas de leituras.
Para isso, adotaremos a concepção de linguagem adotada por Geraldi (1997), que é o lugar de produção da língua e de construção do sujeito, a linguagem vista como interlocução. Deste modo, a língua é contemplada no projeto sob um ponto de vista essencialmente sociointeracionista, assim voltando-se para a língua em uso.
Cabe aqui a ressalva feita por Marcushi (2001), o uso não aponta para a idéia de língua como instrumento, o que negaria a noção de língua adotada, ela é tomada como prática, atividade e ação social.
Dentro dessa concepção, é preciso entender o texto, objeto de estudo principal das aulas de língua portuguesa, como um evento comunicativo em que, segundo Costa Val (2002), se concentram ações lingüísticas, cognitivas e sociais, e não apenas como uma mera seqüência de frases.
Dessa maneira, entendemos que o uso da língua sempre possui um contexto sociocultural, sendo assim, segundo Marcuschi (2001), devemos observa a noção de letramento a partir dos domínios discursivos, locais onde se dão os usos efetivos em condições específicas e com produções típicas, produções estas a que damos o nome de gêneros textuais.
Os gêneros apresentam formas estáveis e adaptadas aos usos comunicativos, quando nos apropriamos deles estamos nos adequando a formas de comunicação. Sua definição não é apenas lingüística, mas de caráter sociocomunicativa, visto que são formas textuais consolidadas, que se situam histórica e socialmente.
Apenas tendo em vista esta visão da língua, seremos capazes de formar leitores e escritores proficientes e eficazes, indivíduos capazes de continuar seu próprio processo de aprendizagem.
Bibliografia
BRASIL, Secretária de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: introdução. 3 ed. Brasília: MEC, vol 1, 1997.
GERALDI, J. W. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
KLEIMAN, A. Oficina de Leitura: teoria e prática. Campinas. Pontes. Ed. Unicamp, 1999.
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, Â. et al. Gêneros textuais e ensino. Rio de Janeiro: Lucerna, 2002.

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